segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Bitterswett

Olá, criei este blog, para pura e simplesmente publicar uma história que tenho escrito à algum tempo.
Espero que leiam, se possivel gostarem e por favor deixem a vossa opinião.
Vou deixar-vos o primeiro capítulo, que segundo o meu ponto de vista está uma grande caca, os capitulos seguintes estão mais aceitáveis.
(Bittersweet, é o título desta minha criação. Provavelmente se lerem a minha história, aperceber-se-ão de que não tem uma grande ligação e isto deve-se à minha incapacidade de arranjar nomes próprios.)






Capítulo1:




Estava tudo pronto, as malas feitas, a casa arrumada para que não houvesse crises com o meus pais, já só faltava o Diogo, maldito Diogo, chega sempre atrasado estava farta de estar à espera dele, já tinha passado meia hora, da hora combinada então que mais tinha de fazer se não ligar-lhe?

Pii...Pii...Pii...Trrrr

- Estou?

- Estou?

- Então? Estou farta de estar à tua espera, despacha-te, depois não temos tempo de fazer nada... Vais levar, quando chegares! Eheh

- Espera... Ainda fui buscar um amigo... Ele quis vir... Só mais um bocadinho... Estamos quase a chegar... Onde estás?

- Boa mais gente, menos espaço... - deduzi - Estou nas traseiras da minha casa para que nos despachemos, assim não temos de levar com a Jaquina. Despachem-se!

- Okay! Estamos quase. Espera um bocadinho. Adeus! Beijinhos!

Trrrr...
Ele tinha desligado.
Que ideia era a dele de levar mais gente? Vamos todos tipo sardinha... Com mais um ainda pior, não tenho nada contra, mas já íamos apertados, com mais um ainda pior... Maldito Diogo... Ele vai ouvir...

Eu tenho 16 anos e esta era a minha primeira viagem por não sei onde, ou seja por onde o Diogo nos levar, sem o meu pai, era muito bom, mas o que odeio, é deixarem-me à espera, é verdade sou um bocadinho exigente mas então? Se ele disse às cinco e meia em ponto era suposto já cá estar.

Os meus amigos como o Diogo são todos mais velhos, devido à minha preferência por pessoas com algum juízo, porém nunca consigo ninguém com algum, são sempre loucos.

O Diogo tem 19anos, ele anda no 12ºano da minha escola , chumbou um ano. É o meu melhor amigo. É a pessoa mais louca que conheço e é capaz de fazer tudo. Adoro-o.

A Jenny é a mais atinadinha deles todos, também anda no 12º, na turma do Diogo, mas ao contrário deste ela tira boas notas, vai ter uma bolsa numa universidade boa, espero ser como ela... Por contradição é muito magrinha e baixinha, era capaz de a confundir com uma miúda de 12anos, usa óculos, tem sardas e é ruiva. Sim... Ela é uma nerd...

O Samuel é louco por skates e tudo o que tem haver com isso. Ele é querido, mas é garanhão. Anda no 11ºano. É muito bonito, loiro e tem olhos verdes. Nunca gostou de ninguém a sério prefere curtir.

A Mariana é a minha melhor amiga, tem gostos tão parecidos com os meus que ás vezes me pergunto se temos um cérebro igual. Gosta da mesma música que eu e é super espiritual, é uma Wicca, tal como eu. É muito bonita e tem o cabelo esticado, já usou aparelho e por isso agora tem os dentes mais maravilhosos que vislumbrei e verei em toda a minha vida. Tem uma panca, sim panca, pois ela é a pessoa com mais laços que conheci, não sei como as pessoas do Guinness ainda não a vieram buscar! Outro aspecto a revelar é que gosta do Diogo, mas como não é capaz de lhe dizer não namora com ele. Eu e ela temos planos bem definidos (paranormais) a seguir no futuro.

O Mikie é o crazy do grupo. Não anda na escola, trabalha numa loja de brinquedos. Ele já viajou pelo mundo, já viveu em África, na América, na Austrália e actualmente vive em Portugal. Não conhece a mãe. Em pequeno vivia numa instituição, depois foi adoptado por um senhor rico, dono da empresa onde trabalha, mais tarde esse senhor morreu e deixou metade do seu dinheiro ao Mikie e a outra metade e a loja ao sobrinho. Ele é moreno, tem cabelo preto e olhos escuros. Tem 19anos.

Agora o senhor amigo mistério do Diogo, que fez com que se atrasassem, já o odeio. De certeza que é estúpido.

Nunca mais chegam, que raiva, vão ouvir das boas. Acham-se muito importantes... Eu digo-lhes os importantes. Bando de doninhas fedorentas.

Fui sobressaltada com o toque do meu telemóvel. Olhei para o visor era o Diogo.

- Olá!

- Estou? Onde 'tás, já me esqueci... estamos mesmo á beira da tua casa

- Ó morcego eu estou nas traseiras da minha casa, venham rápido daqui a pouco ainda chega a Jaquina e aí é que não saímos daqui. Tchau.

Trrrr... - desliguei-lhe o telemóvel na cara, para lhe retribuir o favor da outra chamada. -

Comecei a ouvir o roncar da carrinha do Diogo, até que enfim. Do banco de trás sai o Diogo, será que é o Mikie que está a conduzir?

- Então? Estava a ver que não...quem está a conduzir?

- O... O Gio! O meu amigo...

- Óh boa, ele conduz bem? Espero que sim... Agora é que vai ser... todos apertadinhos... Grande Diogo! Cada vez, me impressiono menos com as tuas decisões - e dei-lhe um murro.

- Au! Conduz, conduz bem... A Jenny, não vem. Parece que está com gripe. Vai para o banco da frente eu quero ficar atrás com a Mariana, também abancou lá...

Pegamos nas minhas malas e posemo-las no porta-bagagens da carrinha, que já estava cheia.

- Que trazes aqui dentro? Pensas mudar de casa? Trazes o armário todo não?

- Oh. Cala-te, fraquinho! Franganote de merda! Porque é que tenho de ser eu a ir à frente? Pede ao Mikie... Não quero ir lá à frente com o teu amigo... Estou capaz de o fazer em sushi, come-lo ao jantar. Sushi não, bem sabes que não gosto de peixe, talvez fazia-o em hambúrgueres e formava uma nova cadeia de lojas chamar-se-ia... Oh não interessa, mas que lata, fazer-me esperar... Acho impressionante...

- O Mikie está a dormir óh sardinha vê lá se não o acordas e vais para a frente... Temos muito caminho a percorrer... Está descansada que o Gio conduz bem...

Que raio de apelido que lhe deram, agora não estou muito interessada em saber, espero que tenha um A.V.C e que tenhamos de o deixar num hospital qualquer por aí.

Depois da nossa discussão claro que não podíamos ficar chateados e demos um grande e fofinho abraço. Adoro quando ele não fala, porque ao menos não diz parvoíces como é normal. Mas como já não suportava aquele frio da madrugada apressei-me a ir para o carro.

Dirigi-me para o banco da frente, claro, contrariada. Sentei-me e virei-me para trás, dirigi-lhes um caloroso "Olá!", mas nem sequer olhei para o meu lado esquerdo, não queria saber quem me tinha feito esperar. Podem me chamar mimada, mas então? Eu fiquei chateada. De lá (lado esquerdo) ouvi um "olá" e a sua apresentação:

- Olá, eu sou o Gio. Tu és a Julieta não és? Desculpa ter-te feito esperar! Deve ter sido chato, estar aqui à espera! Não era essa a minha intenção!

Eu queria desculpar àquela voz linda mas, não, não. Por isso nem me virei. Só disse:

- Apenas segue. Já perdemos bastante tempo e sabes que tempo é dinheiro.

- Okay, se assim o desejas... - e ouvi o riso muito engraçado e bonito, que alguma vez terei oportunidade de presenciar.-

O carro começou a funcionar, mas o rádio estava com o volume no mínimo. Bem, era um bocado mal não dizer nada por isso...

- Então? Alguém esteve com a Jenny? 'Tadinha gostava que ela viesse. Ao menos não era só malucos à minha beira, não é(?)...

- Ela está com gripe! Nós bem insistimos para que viesse... e que não fazia mal, ela recuperava, mas não nos quis contaminar... sabes como ela é... - disse o Samuel.

- Okay, mesmo assim, tenho pena de ela não poder vir. Mesmo que não fosse perder grande coisa...

- Óh! Não digas isso Sombra - a minha alcunha devido às cores da maior parte da minha roupa (cinzento e preto) - esta viagem, vai ser a viajem do século. Acredita, tenho um feeling! Além disso o Pedro vai passar as férias com ela. Ahah ela estava tão contente. - informou-me a Mariana toda sorridente. Enviei-lhe um piscar de olhos. -

- A Mariana tem razão esta viajem vai ser a viajem do século. - Retorquiu o Diogo a cantarolar. Claro com a Mariana à beira dele, que estado de espírito poderia ter ele? -

Agora que penso nisso, eu também tinha tido esse pressentimento, que algo bom e novo iria acontecer nesta viajem. Mas que? Eu tenho sempre esse pressentimento... Bem, sempre não!

Calei-me por um bom bocado a pensar na viajem. Na carrinha só se ouvia o Diogo e a Mariana a falarem baixinho. Como já estava farta daquele barulhinho irritante decidi aumentar o volume do rádio! Ouvi aquele som maravilhosas dos Fita-Cola, boa, estava a passar "Desafio Principal", adoro esta música é linda. Comecei a cantar e mais tarde apercebi-me que estava a faze-lo alto o suficiente para que me ouvissem, mas não me importei e continuei. Estava a chegar ao refrão quando alguém começa a cantar também, era uma voz de rapaz, portanto não podia ser a Mariana, a voz do Samuel também não era, o Mikie estava a dormir e o Diogo certamente tinha coisas mais importantes para conversar do que estar a cantar por isso só podia ser... o Gio... puxa mas ele canta bem. De repente parei de cantar para o ouvir melhor e instintivamente olhei para o lado, com o coração a palpitar vi-o de perfil, meu... quase ia desmaiado, bonito, isto não podia estar a acontecer eu tinha a cabeça à roda ele, ui... virou-se, que cara. Bem é hoje a minha hora chegou já estou a ver "anjos". bonito. Ele parou de cantar.

- Que foi? Também gosto da música...É bonita não é? É uma das minhas preferidas... - e começou a cantar outra vez...

- É linda.... também é uma das minhas preferidas. - finalmente tinha conseguido dizer isto, mas parar de olhar para ele não consegui. ai,ai.

- Que foi? Porque me olhas assim? Já te pedi desculpa por te ter feito esperar...

- Não, não, bem, é que cantas muito bem. - e olhei para os meus joelhos finalmente, tinha conseguido.

- Áh, obrigado. Em que ano estás? Andas na turma do Diogo? - o que é isto? ele estava a meter conversa comigo? comigo?, Iupiii...-

- Áh, não, eu sou mais nova tenho 16anos ando no 10ºano. Óh, sim eu sei que sou uma miúda... - ** derrotada -.-'**

- Não, nada disso, tens uma personalidade que aparenta ser mais velha do que o Diogo. - e apontou, depois tocou na minha testa. Senti a minha cara corar muito rapidamente, devia parecer um tomate, raisparta! E ele riu-se.-

- Óh! Bem! Obrigado! Acho!

- De nada!

Depois disso a música acabou e a nossa conversa também.

Ele era realmente bonito, mas ainda não me tinha esquecido do tempo que me fez esperar, por isso continuava a ser um estúpido. Bonito, mas estúpido.

A viagem estava a ser deveras cansativa, não se fazia nada e por onde olhasse só via árvores, alcatrão e carros, estava cheia de sede e ao mesmo tempo com fome e apertadinha para ir à casa de banho.

- Alguém trouxe comida, sandes ou assim? Ah! E água?

- Não, se tu não trouxeste nada, quer dizer que não há nada! Mas já se comia alguma coisa e também já mijava! - o Mikie já tinha acordado porque tinha sido ele a falar.

- Pois, então acho melhor pararmos numa estação de serviço para comermos alguma coisa e descansarmos. Nunca mais chegamos! Para onde vamos, Diogo?

- Vamos para Espanha agora, depois seguimos. Já falta pouco para lá chegarmos. Também concordo com a parte de parar. Óh Gio! Para na próxima estação de serviço! - até que enfim, que alguém lhe tinha pedido para parar, pois não queria ser eu a ter de lhe falar.

- Tudo bem chefe! Estamos quase lá! - ai, ai a voz dele é tão bonita...

Quando chegámos, todos saíram da carrinha e todos queriam ir à casa de banho, mas alguém tinha de ir guardar a fila do café. E a quem é que calhou? A quem devia ser, tinha de calhar a mim. Que raiva, estava tão apertadinha e além disso tinha sido eu a dar a ideia de pararmos na estação de serviço. Odeio o raio do jogo "Pedra, Papel, Tesoura", não tenho sorte nenhuma. Estavam a demorar tanto, que já estava a rogar-lhes pragas.

Mais tarde vejo alguém a sair da casa de banho, como tenho miopia não consegui logo ver quem era, mas quando se aproximou vi que era o Samuel. Saí logo a correr para a casa de banho. Pelo caminho dei-lhe um encontrão.

Quando cheguei à casa de banho havia em todas as sanitas uma fila, com praticamente só velhas. Ai minha Deusa! Cada velha demora para aí 2horas para mijar... Estou feita, eu não conseguia aguentar tanto tempo... Decidi sair dali. quando sai, vi muitos homens a sair da casa de banho deles e presumi que não estivesse lá mais ninguém. Primeiro tive algum receio em entrar, mas como a vontade era tanta, entrei. Olhei em volta e vi que não estava ninguém. Vi por baixo das portas da sanita e também não vi patanholas, então entrei na mais limpa. Por estranho que pareça, até cheirava bem e estava asseada, ainda bem... Quando me sentei e despejei tudo, senti-me nas nuvens. Uiii... Agora era só sair e lavar as mãos. E assim fiz, mas quando estava a secá-las ouvi uma voz.

- Que estás aqui a fazer? Não era suposto estares daquele lado? Não é a tua casa de banho? - disse-me um homem com um aspecto miserável, muito provavelmente motorista de um camião.

Não sabia o que dizer, que vergonha... E como ele, outro tipo com aspecto parecido olhavam para mim e intimidaram-me. Mas tinha de lhe dizer alguma coisa.

- Eu estava muito aflita, e bem, estava muita gente na outra casa-de-banho, e como vi que não estava ninguém aqui eu decidi entrar! Mas já acabei, e tenho de sair! - aprecei-me a dizer ,pois não me agradava nada a maneira como aqueles motoristas nojentos e gordos me olhavam.

Eles começaram a dar risadinhas baixas, eu pensei que estava mais que na hora de sair dali e dirigi-me á porta. Eles puseram-se à frente desta mas só um deles bastava já que eram largos o bastante. Olhavam-me cada vez mais intimidadoramente e eu sentia-me a presa de dois leões famintos que não comiam há uma semana.

- Tens a certeza que te queres ir já embora? Podíamos ficar a conversar... - e sorriu-me. E nesse mesmo instante deu-me vómitos só por olhar para aqueles dentes todos pretos e corroídos.

- Não. Tinha muito gosto em faze-lo, mas os meus pais estão lá fora à minha espera eu só vim à casa – de - banho! - dei mais um passo em direcção da porta e eles ainda mais me obstruíram o caminho.

Eu olhei-os na cara e o outro que ainda não tinha falado agarrou-me no braço violentamente e eu não aguentei contrair um gemido.

- Os teus pais esperam, boneca. Eles não se importam que estejas connosco. Vamos brincar? - e deu um sorriso igualmente nojento.

- Não, desculpem, mas eu tenho mesmo pressa! E o senhor está a magoar-me! Largue-me por favor! - não estava a gostar nada disto estava prestes a gritar.

O outro que tinha estado a falar toucou-me na cintura e começou a subir a mão até ao meu seio. Depois apalpou-me, fechou os olhos, inspirou e depois disse:

- Esta é das boas, António! - e soltaram, tanto ele como o outro uma gargalhada.

Eu estava a morrer de medo. E comecei a chorar, logo a seguir ainda se riram mais devido ao meu acto. Bem tinha de ganhar coragem e dar cabo daqueles nojentos. Comecei a gritar, mas não me valeu de muito porque meio segundo depois um deles tapou-me a boca. Comecei a espernear e eles agarraram-me com força. Estava perdida eles iriam abusar de mim.

O que me tinha apalpado meteu a mão debaixo da camisola e toucou-me na pele e eu com desespero gemi e espremei com mais genica. Mas não adiantou de nada. Acabaram por me agarrar ainda com mais força e magoaram-me. Desisti.

Eles riram-se e a porta abriu-se. Não importava quem a tinha aberto logo que me salvasse. Depois o que me tinha tocado largou-me e dirigiu-se à pessoa que tinha acabado de entrar e começou à luta, mas acabou por cair. Em seguida vi umas pernas a vir na minha direcção e o nojento que me estava a agarrar largou-me e foi ter com a pessoa, que eu conhecia. Levou uma estalada penso eu e caiu, em seguida fugiu a correr juntamente com o que me tinha tocado. Um dos meus heróis foi atrás dele e o outro ficou comigo, rapidamente baixou-se e eu distingui-lhe a cara, era o Gio que estava ali e me tinha salvado, que anjo...

- Estás bem? Eles fizeram-te muito mal? O Samuel foi atrás deles! Nós vamos chamar a polícia tem calma! - disse-me tentando acalmar-me, mas eu só conseguia chorar mais - Não chores! Por favor! - depois abraçou-me e eu fiz o mesmo. Pelo menos os soluços irritantes que me impediam de falar tinham acabado. -

Senti o seu cheiro, cheirava mesmo bem uma daquelas águas de colónia que me fazem delirar. Senti a sua pele macia a roçar na minha e fez-me acalmar ao ponto de parar de chorar e o apertar ainda mais contra mim, ele consentiu e deu-me um beijo na testa.

- Já te sentes melhor? - olhou para a minha cara e enxugou-me as lágrimas. - O que é que eles te fizeram?

- Já. - finalmente tinha conseguido falar. - não conseguiram fazer nada, vocês chegaram. - e abracei-o - Obrigada!

- Ainda bem que chegamos a tempo! Sentes-te mesmo bem? - olhou-me na cara como se estivesse preocupado com a sua própria vida.

Gio baixou-se e beijou-me a cara e eu fiz-lhe o mesmo. então olhou para os meus olhos como se eles fossem um diamante muito raro e inclinou-se, não percebi muito bem o que ia fazer, se ia beijar-me ou olhar os meus olhos mais de perto, pois logo a seguir a Mariana entrou toda desaustinada e preocupada para saber como eu estava, baixou-se e colocou-se no lugar do Gio, mas eu não prestei muita atenção ao que dizia pois não parei de olhar para ele.

- Sombra estás a ouvir-me? O que é que aqueles porcos te fizeram? Estás bem? - perguntava-me ela, mas desta vez abanou-me para que olhasse para ela, conseguindo o que queria. - eu juro que lhes bato. Eles tocaram-te? Ai Grande Mãe, por favor...

- Sim já estou bem! O Gio salvou-me e o Samuel também. - depois também recebi um abraço da Mariana e a seguir ela colocou a testa encostada na minha. - Nem te passa, nunca mais te deixo vir à casa - de - banho sozinha, que preocupação!

- Ora esta... Já te disse que estou bem... Já nem posso ir à casa – de - banho sozinha? - ela estava realmente preocupada, por isso tinha de fazer algo rapidamente. - Eu adoro-te Mariana e eu estou realmente bem. - a minha testa começou a arder muito e começava a doer, não a senti a dar-me nenhuma cabeçada, mas tinha de o ter feito se não que se estava a passar. - Au, Mariana estás a fazer de cabra essa doeu! Maluca! - e passei a mão pela testa a arder.

- Não fiz nada! Au! Pensei que tinhas sido tu a dares-me uma cabeçada! - e também ela esfregou a mão na testa vermelha.

Com toda aquela dor e confusão ainda não tínhamos tirado as testas uma da outra e por coincidência fizemo-lo as duas ao mesmo tempo. A dor passou como por magia. E passamos as duas ao mesmo tempo a mão pela cabeça e olhamo-nos novamente.

- Woow! Que foi isto? Vamos tentar novamente? - perguntou-me a Mariana

Só consegui afirmar com a cabeça e inclinà-la para tentar novamente.

Encostamos novamente as testas e não resisti, pois a dor foi o dobro.

- MEGAN! - gritei eu, para a minha melhor amiga que estava a chorar devido à dor. A dor era lacinante, como facas de talhantes, percorria desta segunda vez o corpo inteiro, começando na testa e acabando nas extermidades do corpo. Aquela dor era de um calibre doentio. -

Descolamos as testas como se descolam dois ímanes juntos e simultaneamente tombamos para o chão.

Não conseguia parar de olhar para ela em estado completamente estupefacta, não conseguia mexer um músculo que fosse, não percebia o que se estava a passar, era demais para um dia. Primeiro dois nojentos quase abusam de mim. Segundo, a forte ligação que tive com o Gio. E agora uma estranha energia que me magoava quando tocava com a testa na da minha melhor amiga.

Estava exausta e caí para o lado, só consegui perceber que a Megan também o fez.






Acabou o primeiro capítulo.
Peço por favor, para deixarem um comentário, bom ou mau, mas que me esclareça a minha dúvida (Devo continuar a publicar isto ou não vale a pena?)